Tudo começou com o italiano Dânio Braga, que resolveu criar a Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança. Inspirado pelos costumes que trouxe da região onde nasceu, Dânio resolveu estimular o hábito de se levar uma lembrança depois de uma boa refeição. Foi assim que surgiu o Prato da Boa Lembrança, uma peça exclusiva em cerâmica que você leva para casa depois de comer em um dos restaurantes associados. Em Alagoas, o nosso chef André Generoso (leia-se Divina Gula) foi o primeiro a receber o convite da entidade, e lá se vão mais de 15 anos de militância de sabores e festivais. Desde 2014, Generoso é o presidente da entidade, com muito orgulho, ele trouxe para Maceió o Festival da Boa Lembrança e o evento chefs na Praia (Ponta Verde). Acho que ninguém esqueceu e ficou o gostinho de quero mais…
Para 2015 tem novidades, o chef André Generoso criou o novo prato da Boa Lembrança do Divina Gula, batizado de Benza Deus: uma receita de carne de sol de pernil regada com molho de biri-biri ( limão selvagem), farofa Dona Maria Stella e arroz de frutos do mato (isto mesmo, folhas das hortaliças do quintal do chef).
O molho biri-biri é um pouco adocicado, afinal, é preciso diminuir a acidez do limão. O chef fez a redução da calda da fruta com açúcar mascavo e laranja. Combinou bem com o pernil suíno macio.
Merece destaque, também, o arroz de alho do Divina – já é famoso – que ganhou ervas da horta do André, ou seja, rúcula, talho de cebolinha, folhas de cenoura… Tudo é adicionado ao grão. Ficou um “trem bão”, como dizem os mineiros.
Para completar, a farofa (sempre divina) com banana, bacon, linguicinha, couve… um clássico da culinária mineira.
Todos os pratos da Boa Lembrança do chef André Generoso têm pitadas de histórias, a de Benza Deus é uma justa homenagem à mineira Dona Maria Stella (mãe do Frei Beto). Esta senhora, em suas viagens pelo interior de Minas Gerais, colhia as receitas das “sinhás”, resultando no livro Fogão de Lenha, que já está na sua 12a edição.
Aliás, os pratos da Boa Lembrança do Divina Gula são sempre uma boa recordação, a exemplo do Arroz de Guenga Rica, nunca saiu de cartaz (pra minha felicidade e de muitos, também). Na receita, o arroz com milho, passas, ervilhas é envolvido no emaranhado de linguiças (calabresa, caseira, defumada), frango caipira a passarinho, carne de sol e picada em cubos, costelinha de porco e, para finalizar, um ovo de codorna no meio do prato. Inesquecível.
Então, vamos ao Benza Deus, com história de dona Maria Stella.
Rota Divina Gula
R. Eng. Paulo B Nogueira, 85 – Jatiúca, (82) 3235-1016 -Aceita cartões
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6 comentários
Ana
9 anos Atrás
Tenho todos…e o arroz de quenga rica continua o meu the best. Essa farofa do Benza Deus é divina…:)
PS: ADoro seu blog.
Eduardo Salles
9 anos Atrás
Nide,
toda segunda-feira é a mesma coisa, dia de começar o regime e você com essas matérias de dar água na boca.
Ontem mesmo me acabei de comer no Divina.
Parabéns grande Chef, como diz o ditado, PANELA VELHA É QUE FAZ COMIDA BOA!!! RSRSRS
Nide Lins
9 anos Atrás
AUTOREduardo Salles, vc é um atleta, sempre em forma, então coma e seja feliz. abraços salles
Lúcia Rocha
9 anos Atrás
Huuuummmm… não vejo a hora de experimentar o “Boa Lembrança” de 2015. Grata por lembrar-me.
Andre Generoso
9 anos Atrás
Excelente matéria. Ainda bem que temos você para registrar a memória gastronômica do nosso estado.Grande abraço.
claudia mortimer
9 anos Atrás
Nide, voce arrazou na materia!!! Com suas palavras o prato fica melhor do que a encomenda!!!