Giovanna Mayer, Menina de Ouro

Chuchu, fruto verde clarinho, geralmente usado em sopas ou cozido nas saladas e de sabor inexpressivo. Transformar este ingrediente em nhoque, não é pra qualquer um, sua polpa não é massuda como as batatas, mas a alagoana Giovana Mayer, uma menina de 23 anos, magra, simples e tímida, realizou a façanha: o chuchu virou nhoque. E assim conquistou o prêmio mais cobiçado pelos chefs, Bocuse d’Or (Chef de Ouro) Brasil.

A vencedora do concurso Bocuse d’Or Brasil, Giovanna Mayer, vive um sonho e parece que ainda não acordou para realidade do prêmio mais importante do mundo gastronômico. No último sábado (24), nossa menina de ouro, a convite do chef Wanderson Medeiros, preparou o jantar na Cozinha Algás da Casa Cor, com as receitas vencedoras. Agora, dia 10 de novembro, Giovanna, ao lado de Wanderson Medeiros e de uma equipe, vai comandar o jantar com sabor solidário para Rede Feminina de Combate ao Câncer.

Enquanto chega o dia 10, confira mais sobre Giovanna Mayer, nossa menina de ouro, única mulher participante que derrubou literalmente sete chefs homens famosos. A nossa chef nasceu em São Paulo, mas diz com orgulho: “sou alagoana, porque com um mês de vida vim com meus pais pra Maceió”. Desde criança adorava comer cuscuz, inhame, macaxeira e sururu e aos 10 começou a se aventurar na cozinha.

No jantar da Casa Cor, ela fez uma réplica do cardápio do concurso Bocuse d’Or Brasil, onde dez chefs, entre eles Alex Atala, era um dos jurados. Já o alagoano Guga Rocha foi o mestre de cerimônia do evento, o que dá para imaginar a alegria que foi o premio com a presença desse nosso chef, o próprio marketing em pessoa. Giovanna contou ainda com pequena torcida, porém gigantes da cozinha alagoana, Jonatas Moreira, Mariana Bernardes, Wanderson Medeiros, Tina Purcel, e na calada o próprio mestre de cerimônias.

Nossa chef nem sonhava com a premiação. Giovanna se inscreveu no concurso sem pretensão nenhuma, seu desejo era voltar para o Brasil. Durante um mês, treinou todos os dias as receitas criadas por ela para a etapa final do concurso Brasil, onde uma das regras era utilizar chuchu com pescadinha branca, e miolo de alcatra com ora-pro-nóbis (folha). Com o troféu nas mãos, Giovanna será a representante do Brasil na final Bocuse d´Or América do Sul 2016, que a levará à final do Bocuse d´Or 2017 na França.

Com as bençãos de os todos os orixás, boa sorte Giovanna.

Veja os pratos de Giovanna na Casa Cor:

Manteiga – A entrada foi uma espécie de ceviche tropical: camarão no azeite, alho, banana, crocante de manteiga e pingos de caju. Esta iguaria revelou toda perfeição da chef Giovanna, um item importante para o sucesso do concurso. Gostei da delicadeza da acidez, e o crocante de manteiga parecia uma hóstia brasileira.

Peixe – O chuchu, não milagrosamente, mas com conhecimentos das técnicas da cozinha contemporânea, virou o nhoque levinho para acompanhar rolinhos de pescadinha branca e o couro do peixe crocante.

Ora por nós – O miolo da alcatra não é corte nobre, mas o desafio do concurso Bocuse d´Or é exercitar a criatividade dos chefs com produtos econômicos, e assim o miolo virou estrela. Nossa menina de ouro bolou a carne enrolada na folha ora-pro-nobis (muito usada na cozinha mineira, em Maceió o chef André Generoso tem várias receitas) e para acompanhar, o arroz cremoso feito no caldo do próprio miolo.

Os vinhos Don Elias Sauvignon Don Elias Blanc e Don Elias Carmenere fizeram a corte dos pratos da Menina de Ouro, Giovanna Mayer.

Rota jantar Solidária da Rede Feminina ao Câncer

Com os chefs  Giovanna Mayer e Wanderson Medeiros

Realização Rede Feminina ao Câncer com o apoio do T&P (Prêmio Talento & Parceria)

Telefone: 3336 5300. Email:[email protected]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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