Sou fã do restaurante Divina Gula desde a época que a gente tinha o privilégio de sentar numa cadeira, comer picanha na chapa, tomar cerveja gelada e apreciar a praia da Jatiúca. Como era legal naquele tempo, quando não existia prédio atrapalhando a nossa visão. Eu não conhecia os donos, André Generoso e Claudia Montiner, mas admirava a garra do casal de mineiros, ela grávida, arrumando as mesas, ele na cozinha e ainda ajudando a atender… Chamávamos o local de Divininha. Seus filhos Vitor e Diogo nasceram sob as bençãos de Nossa Senhora dos Prazeres, na nossa bela Maceió.
Diogo segue os passos da mãe, Cláudia. Administra o empreendimento familiar. Vitor herdou o dom da cozinha do pai, Generoso. Como bem dizem, “Filho de Peixe, é peixinho é”. Os meninos não fugiram à regra. Vitor, 21 anos, é estudante de Gastronomia no Institut Paul Bocuse – Lyon (França), e está de férias em Maceió. Aqui, participou de dois jantares na Cozinha da Algás (Casa Cor), um ao lado de seu pai e outro ao lado do Chef Jorge Bandeira. Eu tive o prazer de provar os quitutes do Vitor e, entre eles, fiquei encantada com o Crème brûlée (doce francês ), na versão Minas/Brasil, com doce de leite Viçosa (Minas) e açúcar maçaricado.
Pois bem, o Crème brûlée brasileiríssimo será uma das atrações do jantar “Especial, “menu degustação”, quinta-feira dia 10, às 20horas, jantar a seis mãos com os Chefs André Generoso, seu filho Vítor Generoso e Jorge bandeira (Le Corbu). Promete ser um embate de sabores. Generoso e Bandeira, com todo respeito, já são velha guarda da cozinha, e se brincar comandam as panelas de olhos fechados.
Mas o Vitor, ou Vitrola, como é conhecido nos bastidores, é a mais nova revelação da nossa cozinha alagoana, e com a esperteza da técnica da culinária francesa. Veja algumas criações que eu conferi do futuro chef Vitrola, em parceria com o pai Generoso:
Do Mangue – O ravióli com a massa preparada pelo próprio Vitrola, ganhou recheio de siri com caldo de peixe camurim. Massa com recheio leve e o caldo, combinação perfeita, tipo uma sopinha mais refinada.
Da Amazônia – O peixe pirarucu das águas doces, foi picadinho para acompanhar farofa de castanhas e broto de jambu. Salada leve.
Da Terra – A carne suína recheada, ganhou um precioso purê de beterraba (grata surpresa) e uma tortinha de macaxeira. Produtos brasileiros e com a elegância francesa na apresentação. Porque a beterraba tão desprezada na cozinha, agora é divina de sabores.
Bom, o jantar a seis promete emoções aos paladares.
Rota do jantar Especial, menu degustação
Divina Gula no dia 10, as 20 horas, reserva pelo telefone: 998200011.
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