Socorro, nossa eterna gratidão pelo seu sorriso e a sua amizade.
Como a nossa Socorro era iluminada, a imagino puxando a cadeira para São Pedro e logo oferecendo um caldinho da pata de úça e conversando alegremente com o santo sobre sua chegada ao céu. Aliás, podemos sonhar o que quiser com a Socorro, porque por mais de 40 anos, ao lado de Lu, comandou o Bar da Pata numa felicidade imensa. Ela amava todos clientes, sem distinção.
Lu era sócia e amiga da Socorro há mais de quatro décadas. Lu gosta dos bastidores, sempre de olho no fogão e no caixa. Só aparecia depois de muita insistência. Já a Socorro era a mulher de levar o sorriso e o abraço nas mesas do Bar da Pata. As duas são a alma do lugar, onde viveram momentos de alegria e de tristeza.
Sentirei a falta da Socorro no dia do lançamento. De fato, todos os fãs estão tristes com sua partida, porque o Bar da Pata é parte da nossa história, e continuará sendo, porque estamos com Lu para manter viva a memória saborosa da casa, que é patrimônio da felicidade de Maceió, que continuará aberto.
História – A história da pata ao molho de tomate começou com Lu ainda pequena. Era sua refeição predileta, preparado com esmero pela sua mãe Quitéria. Quando ela e sua mãe abriram uma loja para vender picolés e sorvetes, teve um freguês que sempre ouvia as marteladas ao fundo da casa. Curioso, ele perguntou o que era aquilo. Dona Quitéria explicou que era sua filha Lu, quebrando as patinhas do caranguejo.As meninas se formaram na labuta do bar, Lú na cozinha e Socorro na administração, e assim nos 46 anos do empreendimento, a comida é sempre boa, bem elaborada, somada ao bom atendimento do fiel garçom de mais de 30 anos de casa, Luiz Francisco, e a equipe: Rosilene, Rubiana e Genildes nota 10 na cozinha, com harmonia nos sabores. E Jonatas, o garçom mais novo da casa.
No Bar da Pata as boas vindas são o caldinho da pata de caranguejo, e o primeiro é sempre cortesia da casa. No ritual da Instituição alagoana, as patolas já quebradas pra ninguém perder tempo, as agulhinhas sempre crocantes e sem espinha, o arroz de camarão da vovó, e a ova de peixe na manteiga.
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