No apagar das luzes de 2018 serei breve. Não vou indicar restaurante, nem destino. Vou escrever sobre a chef Simone Bert. Na foto, feita de celular, sem produção e maquiagem, mostrando suas tatuagens, revelam a alma de uma pessoa moderna e brincalhona. Ela também adora um salto, e sabe bem pisar no chão.
Resumindo: uma mulher autêntica e, para mim, uma master chef de verdade. Ela é mãe e avó, formou-se em Educação Física, mas apostou na cozinha peruana, simplesmente para ter seu próprio negócio ao lado do amado José, agrônomo que trabalhava em usina.
No programa Master Chef (um pancadão, na minha opinião), não acertou fazer fios de ovos e “cortou batata doce como uma dona de casa”. E daí? Para quem conhece a história da alagoana, sabe que isto não é demérito e não define quem é um bom chef ou cozinheiro.
Chef ou cozinheira, é aquela que tem a capacidade de nos fazer felizes com a mistura dos seus ingredientes, com os segredos das suas receitas, e de transformar o simples ato de comer num momento de felicidade. Nisto, Simone tem doutorado.
Bem, depois falarei do nosso menino pródigo Paulinho do Aratu, outro master chef real, que ficou mais tempo com a Simone no programa.
Trajetória de Simone: Algumas tatuagens da alagoana Simone Bert escondem queimaduras e cortes da labuta da cozinha. Afinal, comandar as caçarolas não é apenas glamour, nos bastidores é calor, fogo, facas afiadas e horas em pé. Mas quem ama ser cozinheira faz do ofício um prazer. E a nossa Simone foi a primeira chef de Maceió a ganhar projeção nacional na mídia. Os críticos gastronômicos escreviam: “não precisa ir à Nova York para comer um cheviche, Maceió tem o Wanchako”. Assim, o restaurante peruano com os nossos frutos do mar é um dos cartões postais da nossa cidade.
Uma reportagem do jornal Folha de São Paulo estampou o titulo: “Temperei Maceió com aji (pimenta peruana)”. A manchete era sobre Simone Bert. Aquele foi mais um dos reconhecimentos do talento da alagoana . Muita gente viaja para conhecer o famoso restaurante que projetou Maceió no cenário da boa gastronomia no Brasil. Sucesso conquistado dia a dia, por ela e seu amado José. No começo, o casal vendeu o carro para investir no restaurante e saíam às compras em bicicletas.
Nos temperos da Simone tem as sabedorias do seu pai, o alagoano João Simões (falecido), e da sua sogra, a peruana Carlota Bert. Os dois foram os primeiros mestres dela. Ele ensinou à filha todos os segredos do pescado, desde a captura até o tratamento. Já a sua sogra ensinou o bê-á-bá da culinária tradicional do Peru, rica em grãos, batatas, coentro e pimenta aji.
João e Carlota abriram os caminhos para Simone, que também recebeu os ensinamentos dos chefs peruanos Humberto Sato (especialista em comida nikkei – mistura das culinárias peruana e japonesa) e Gaston Acurio.
Viva Simone, e todos aqueles que abraçam a cozinha com amor. Feliz 2019.
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5 comentários
ANA MARIA BULHOES MACHADO
5 anos Atrás
Todos os adjetivos para Simone Bert….uma CHEF de verdade!
Evelina Oliveira
5 anos Atrás
Parabéns pela reportagem Nide! Fotos ótimas, texto ótimo! Viva a Simone e todas as boas cozinheiras!
Kleber Guardiano
5 anos Atrás
Nide, e o whanchako de Aracaju. Vc não o conhece? Gostaria de ver uma matéria sobre ! Abs..
Nide Lins
5 anos Atrás
AUTORainda não Conheço, Klerber
Kleber Guardiano
5 anos Atrás
Nide, o Whanchako de Aracaju, vc já conheceu? Parabéns pelo seu trabalho.. abs !