Na quinta-feira, na volta de Porto de Pedras para Maceió, me lembrei que é dia do mungunzá e da sopa da Galega. E claro, para minha felicidade, lá estava ela com seus panelões. Parei e comprei os dois quitutes tradicionais. Aproveito para relembrar a história dessa alagoana que faz sucesso na beira da estrada de Paripueira.
Maria José de Lima, nascida em São Luiz do Quitunde, é conhecida como Galega da sopa e do mungunzá na AL 101 Norte, na cidade de Paripueira. Para comer seus quitutes é preciso acordar cedo, porque ela chega às 5h30 nos dias de sábado e domingo com três panelões, já na quinta a partir das 16h. Ela traz dois de mungunzá e um de sopa, além das tapiocas. A alagoana continua no mesmo lugar, na frente Padaria Big Pão.
Para o mungunzá perfeito, cada caldeirão leva seis cocos. Eles são ralados manualmente para dar um bom leite para o milho ficar bem macio. Já a sopa de carne, recebe batata, chuchu, abóbora, cenoura, tomate, cebola, coentro e abobora, e tem caldo bem encorpado. Tudo da Galega é com tempero nordestino, simples, e muito gostoso.
Trajetória – Galega não sabe ler, apenas assina o nome. Ela não teve acesso a escola, veio de família humilde, e desde os 14 anos trabalhou nas cozinhas dos outros, como ela diz, a profissão de doméstica, além de ex-cortadora de cana.
“Resolvi tentar. Primeiro fiz um caldeirão de mungunzá, e deu certo. Agradeço a Deus, aos donos da padaria BIG Pão e todos meus clientes. Sou feliz, pois deixei de trabalhar nas cozinhas dos outros”, conta Galega do Mungunzá, nossa verdadeira mulher maravilha.
Rota Galega do Mungunzá
Preço: mungunzá e sopa (copo 400 ml) a partir de R$ 5,00/ Aceita-se cartões
Telefone: 82 99985-8221
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