Não interprete errado o título, este é o nome do petisco mais popular das festas dos anos dourados. Safadeza é um dos aperitivos do Bar Cachorro Engarrafado (@barcachorroengarrafado), de Cleonisson Alves, no bairro do Santo Eduardo, um lugar de tradições alagoanas. Porque é conhecida como Safadeza? Não sei responder, vou deixar para o Cléo explicar: “Quem nasceu no século XXI provavelmente não conhece, mas quando conhecer, vai amar, como se diz hoje. Reinava – quase que absoluto – nas festas residenciais chamadas de “assalto “. Nessas festas, safadeza, sacanagem e saliência não podiam faltar. Quem ainda não experimentou, não perca tempo: é saborosa a junção num palito, de queijo, salsicha (de lata) e azeitona. “É tão bom que dá vontade de querer mais!!!”, conta Cléo.
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O charque guisado encanta o paladar, supermacio, envolto no caldinho bem temperado e sal na medida certa. Para escoltar, a tradicional farofa de ovos e feijão verde (este é de comer sem acompanhamento). Claro, Whisky, para quem ama, ou cerveja estupidamente glacial, porque Cleonisson Alves, o famoso Cléo, chef da casa e das panelas, também aprecia uma gelada e, por sinal, é bastante exigente na temperatura das cervas.
O alagoano Cléo no auge da sua juventude, frequentou as melhores macarronadas da nossa Maceió: Zefa, Edson, Eureka, Alvarorada… Mas não era macarronada da cozinha italiana, era alagoana da gema, receita simples, preparada com extrato de tomate e outros ingredientes, entre eles a manteiga do Sertão. E essas massas nutriram uma geração embaladas de farras e festas, finalizadas no prato de macarrão com ovo, leitão, camarão, galinha cabidela… Esta tradição, Cléo trouxe para o seu boteco. Amei a que vem com leitão.
Os baianos amam lambreta. Dão o mundo pelo molusco redondo e carnudo. Ele é cozido no próprio caldo com tomate, cebola, e bastante coentro. Tradicionalmente, o caldinho de sabor aguçado é servido no copinho. Eu sou uma das alagoanas que aprecio, sem moderação, o parente da ostra. No bar Cachorro Engarrafado, o bichinho da água doce tem assento cativo, como também o sururu de capote com pirão, mas com reservas antecipadas para poder se esbaldar no prato mais alagoano.
Cachorro Engarrafado
Preço: Safadeza – R$ 20,00 (10 unidades)/ Lambreta (dúzia) – R$ 30,00/ Sururu de capote com pirão (por encomenda) – R$ 50,00
Terça a Quinta-feira das 16h às 23h/ Sexta e Sábado das 11h às 23h /Domingo das 11h às 20h./
Rua Cap. Marinho Falcão, 501 – Santo Eduardo/ Telefone: 82 3357 4382
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4 comentários
Luiz Antônio
2 anos Atrás
Os cantos e encantos culinários de Nide traçam uma nova rota em nosso paladar.
Paula
2 anos Atrás
Melhor fazer safadeza em casa mesmo….
Roland Freire
2 anos Atrás
Eu tenho uma teoria sobre a origem do nome. Eu acho que o nome era “safadeza” porque algumas pessoas ao invés de colocar a azeitona, colocava um pedaço de pimentão
danielle
2 anos Atrás
show a comida de lá. A feijoada então, nem se fala!