Feliz da vida, Seu Luiz voltou para a Rua do Sol, sm frente ao banco Santander, para vender cuscuz de arroz (salgado) e de milho (doce), ambos embebidos no leite de coco. O alagoano participou do Festival Maceió dos Prazeres, na Praça Dois Leões, e lá uma legião de fãs lhe sugeriu retornar à Rua do Sol, visto que ele passou a pandemia da covid-19 na cidade pernambucana de Caururu, e depois migrou para Maceió Cidade Universitária, onde caminhava horas para vender as tradições.
Fique ligado: de segunda a sexta-feira, o cuscuz de Seu Luiz é na Rua do Sol, de frente para o banco Santander.
“No festival, meus clientes ficaram felizes e me pediram para voltar para o Centro de Maceió, e assim voltei com apoio do meu vizinho e minha filha”, contou seu Luiz, que há 30 anos vive das tradições nordestinas. Então vamos recordar a história do alagoano que deixa nosso café mais saboroso.
A história do seu Luiz começou na Rua do Sol, próximo a loja Astral Presentes. Foi onde encontrei um senhor de cabelos brancos parado com o carinho de cuscuz de arroz. Cheguei perto e iniciei minha inquisição. “Este cuscuz é bom?”, perguntei, no que ele respondeu: “O povo gosta!”. Retruquei e disse que ia comprar, mas que se fosse gostoso, ele ganharia uma postagem no meu blog. Dito e feito, o cuscuz de arroz é um espetáculo, recheado de histórias de felicidade da família do Luiz Machado, que mudou de vida, graças a tradição nordestina.
Artesanal – No quintal da casa tem um quartinho dedicado a fabricar o cuscuz. Lugar simples e limpo. Lá tem a máquina para moer os grãos de arroz e milho, fogão, peneira, forminhas, lenços, e sua maior obra, o panelão que ele mesmo transformou em cuscuzeria.
Luiz acorda cedo e vai ao mercado comprar cinco ou seis cocos (depende do tamanho) e quatro quilos de arroz. De volta para casa, coloca os grãos de molho por 15 minutos, escorre, e os moe na máquina para depois peneirá-los. Em seguida, prepara o leite de coco. Quando a água do panelão está bem quente, com o auxilio da esposa Hilda e filha Rosilene, inicia a produção.
Genialidade – A cuscuzeira é uma panela industrial que ele adaptou. Na tampa fez 20 buraquinhos e lacrou para sempre. Quando todos os buracos estão preenchidos com a massa, já é tempo de retirar os primeiros colocados. Ainda quentinhos, eles tomam banho de leite de coco no sal.
História – Luiz e Maria Hilda, casados há mais de 45 anos, sempre lutaram para sobreviver. Ele foi cortador de cana, marchante, e ela agricultora. Viveram um tempo em São Paulo, onde Luiz foi ajudante de pedreiro e cozinheiro, mas o frio não fez bem a Hilda. De volta para Maceió, passaram por dificuldade. A vida de marchante não dava para colocar comida na mesa dos filhos. Hilda lembrou dos tempos difíceis, de uma refeição por dia e do pão fiado da vendinha, mas logo sorriu, e agradeceu a Deus, e ao cuscuz, que salvou a família.
Rota: Cuscuz do Luiz
Preço: R$ 2,00 (unidade)
De segunda à sexta, a partir das 13h30
Rua do Sol, sm frente ao banco Santander
Telefone: (82) 98895-3941 (Rosilene)
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