Pão “bun”, conhece? Eu sabia da existência do tal pãozinho através de fotografia. Até que numa quinta-feira, o chef Roger Lima, do Hatsu Izakaya, melhor japonês da cidade, me fez o convite para provar a tradição de origem chinesa e que o Japão também abraçou. A comidinha é um espetáculo. O pão de farinha de trigo cozido no vapor é bem fofinho, e vem recheado com barriga de porco com maionese caseira, conserva de pepino e pimenta. Uma festa.
Aliás, o porquinho é muito festejado aqui no Nordeste, e na China. Em 2019 celebra-se o “Ano do Porco”, trazendo uma energia de leveza e alívio das tensões, prometendo ser uma jornarda de recompensas. Então, toda quinta, o horário do almoço no Hatsu é dedicado à carne suína. Além do bun, tem o lamén (sopa de macarrão) no caldo com barriga de porco e a famosa guioza, que eu gosto de chamar de pastelzinho pela semelhança visual. Os preços do almoço de quinta vão de R$ 17,00 (pão bun) até R$65,00.
Sendo assim, reserve uma quinta para viajar pelo mundo da carne suína e comece pela guioza. São quatro unidades. Amei, pois a massa é bem fofinha e tem molho shoyo para acompanhar.
Lamén – Prato de origem chinesa, mas que se deu muito bem no Japão. Lá é uma tradição, que nem a tapioca por aqui, e pode ser encontrada em toda esquina. No Hatsu, o macarrão é produção artesanal feita pelo próprio chef Roger, que viajou até o Japão para aprender a arte milenar. No restaurante, são oferecidos quatro sabores. Provei missô ramén no caldo reduzido com carne de porco, ovo, nori, cogumelos, milho e pasta de missô. O resultado é uma sopa com macarrão, de sabor bem oriental. O ovo fica de cor marrom por conta do shoyo. Vale por uma refeição.
Trajetória – O chef Roger Lima é um menino de coração japonês. Apaixonado pela culinária oriental, desde que chegou em Maceió, a convite da empresária Sarah Andrade , seu maior desafio é preparar comidinhas cada vez mais próximas da leveza do país oriental. Ele adicionou peixes locais e diminuiu o shoyo para valorizar o sabor natural dos pescados.
O sonho de Roger era conhecer o Japão. Um dia foi até lá para ver de perto a sabedoria orienta, aprender novas receitas e, claro, comer os pratos da rua aos restaurantes.
O que mais gostou: a imensidão de Tóquio e o atum (gordo e com mais sabor). Até a forma de matar o peixe é diferente, pois é feita com um ferrinho inserido na coluna dele para a carne não se estressar.
“No Japão, o ato de comer é sagrado. Os peixes são a maior riqueza, o shoyo é produzido em casa, e eles não têm pressa. Tudo é feito no seu tempo. É uma experiência única”, relata Roger.
Hatsu Izakaya é um empreendimento da alagoana Sarah Andrade. Apaixonada pela gastronomia japonesa, a nova empresária está sempre por lá, até atender as mesas ela faz, afinal, um bom restaurante é feito por gente que ama e se dedica.
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