A picanha de cordeiro com farofinha de ovo, do Menu Vite do Le Corbu, conquistou o primeiro lugar de acessos do meu blog do mês de abril. Mas como o restaurante sempre diversifica o cardápio, apostou no frango recheado com cogumelos, o prato mais vendido do Menu Vite também abril.
O camarão rosinha, aquele fornecido pela Companhia do Mar, trazido lá da Praia do Peba, que rendeu a receita da macarronada francesa (ovos mexidos com camarão), e do siri mole ao azeite, do chef Jonatas, arrebatou o segundo lugar.
O camarão crocante da Barraca do Osvaldo, em Paripueira, garantiu o terceiro lugar.
Vamos recordar as postagens que mais agradaram o leitor. Porém, o melhor mesmo é conferir in loco as iguarias vencedoras.
Novidades do almoço – O restaurante Le Corbu inventou o menu vite, com direito a entrada, prato principal e sobremesa, às quartas e quintas (por R$ 49,90). Um dos destaques é a picanha de cordeiro. A carne, de tão macia, se desmancha entre o garfo e a faca; é temperada no próprio sumo, sendo acompanhada por arroz e pela clássica farofinha de ovo.
O bom do menu vite é que, de 15 em 15 dias, sempre tem novidades. Nesta semana entrou em cartaz a coxa e sobrecoxa de frango recheada com cogumelos com o ninho de cabelo de anjo. Essa receita é campeã de vendas no mês de abril do Le Corbu, e tem um bom motivo: a ave macia cheia de champignons tem o sabor apurado. Além dessa receita, também está disponível o filé mignon grelhado com purê de batata, ou filé dourado com legumes e molho holandês. Sobremesa? Uma releitura de um clássico: cartola (banana frita, queijo coalho, mel de engenho e canela). Nota 10.
Rota: Le Corbu – Menu Vite
Entrada, prato principal e sobremesa – R$ 49,90 por pessoa. Nas quartas e quintas, das 12 as 15h. Telefone: 3327-4326
Companhia do Mar – Para a Semana Santa testei os produtos da empresa alagoana Companhia do Mar, fornecedora de ótimos pescados. Destaque para o camarão rosinha e siri mole. Para o rosinha reproduzi a receita da macarronada francesa (camarão com ovos mexidos), uma das minhas (e de muitos da minha geração) boas lembranças degustativas da saudosa Macarronada do Edson. Repito para quem não leu o post original: A Macarronada do Edson era um empreendimento genuinamente popular, ponto de encontro de ativistas de todas as cores, e o dono proibia discursões acaloradas. Era uma das regras do Edson. Aos fãs da massa estava determinado apenas o direito de saudar o prato de macarrão – acompanhado por opções como leitão, galinha ao molho pardo, a cavalo (ovos estrelados), filé.
Os camarões eram servidos em duas alternativas: ao molho de tomate e à francesa – uma mistura do crustáceo com ovos mexidos. Todas divinas. Mas, infelizmente, a tradição alagoana se findou com a morte do Edson, há vários anos.
História – A origem da Macarronada do Edson está literalmente casada com a Macarronada da Zefa, desde quando os dois eram marido e mulher, sócios, e o endereço era o mesmo. Durante algumas décadas, depois da separação, Edson e Zefa mantiveram, cada um na sua, ambientados no mesmo bairro, um duplo reinado no mundo da macarronada em Alagoas.
Siri na panela – O chef Jonatas, do restaurante Akuaba, lembrou que na obra de Jorge de Amado a moqueca de siri mole está presente, como no romance Dona Flor e Seus Dois Maridos. Para entender: o crustáceo, quando vai mudar de vida, vestir um novo casco, vapt: é capturado e vira siri mole. Especiaria cobiçada.
Apostando numa receita mais leve, Jonatas preparou o siri mole no azeite, sal e manteiga (sem sal). Perfeito. Com certeza seria mais uma inspiração para Jorge Amado, só que no romance entraria a chef Vera Moreira, mãe do Jonatas, pois foi ela a criadora da receita.
Companhia do Mar – Rua Governador Carlos Lacerda, 190, Jatiúca (defronte a casa de festas Pip Pop). Telefone: 3231-1386. Abre de segunda a sexta, das 8 as 17 horas, e no sábado, das 8 horas até o meio-dia.
Camarão Crocante – Paixão à primeira vista: a barraca do Osvaldo é simples e chique ao mesmo tempo – ele criou um coqueiral no jardim, formando uma sombra espetacular num grande convite ao ócio. Acomodada em uma cadeira na areia, meu primeiro pedido, claro, foi o afamado camarão crocante – junto com uma cerveja gelada (Original). A dica foi da Claudinha (Divina Gula) e digo, com toda certeza, é nota 10!
O camarão é envolvido numa camada super fina de farinha de trigo, transformando a casquinha em tira-gosto extra, e a carne é bem macia. Delicia, é de pedir bis.
Na baixa temporada, são consumidos 200 quilos do “Rosinha”, o melhor para fazer a receita do camarão crocante. Os crustáceos vêm da praia do Peba (Piaçabuçu) e do Mercado Público. Já os peixes são oriundos da vizinha Barra de Santo Antônio.
Rota Barraca do Osvaldo (Paripueira)
Preços do petisco a partir de R$ 20,00. Caldinhos R$ 2,50 – Funciona de terça a domingo, das 9 até as 17horas – Aceita cartão – Telefone: (82) 3293-1100
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1 comentário
SEBASTIÃO IGUATEMYR CADENA CORDEIRO
10 anos Atrás
NIDE , TENHO ABSOLUTA CERTEZA QUE A MINHA PICANHA , HÁ MUITO TEMPO NÃO PARTICIPA DE NENHUM TIPO DE TRANSAÇÃO , POR ISSO , PROMETO
QUE IREI NESTE RESTAURANTE , CONSTATAR IN LOCO ,
AS QUALIDADES GUSTATIVAS DESSA PROVÁVEL IMPOS-
TORA . ÔMI ! KI-KI-KI—KI-KI-KI . . . ÔMI !